Você já se pegou pensando “eu não sou bom o suficiente”, “isso não é para mim” ou “nunca vou conseguir”? Se sim, provavelmente você está lidando com crenças limitantes.
Elas são como âncoras invisíveis que nos impedem de alcançar o nosso potencial máximo, afetando desde a nossa autoestima até os resultados que obtemos na carreira e na vida pessoal.
Neste guia completo, você vai entender mais sobre as crenças limitantes, como elas se formam, aprender a identificá-las em nosso dia a dia e, o mais importante, descobrir técnicas eficazes para ressignificá-las e construir uma mentalidade mais fortalecedora.
O que são crenças limitantes e como agem no subconsciente
As crenças limitantes são, de forma objetiva, pensamentos ou convicções que adotamos sobre nós mesmos, sobre os outros ou sobre o mundo, e que nos impedem de progredir e alcançar nossos objetivos. Elas atuam no nosso subconsciente, influenciando diretamente nossas percepções, decisões e comportamentos.
Essas convicções se tornam uma espécie de filtro pelo qual enxergamos a realidade. De fato, o cérebro busca constantemente confirmar aquilo em que acreditamos, criando um ciclo vicioso que reforça as crenças limitantes, mesmo que elas não correspondam à verdade.
Consequentemente, podemos acabar nos autossabotando e perdendo oportunidades valiosas.
Quais os principais exemplos de crenças limitantes pessoais e profissionais
As crenças limitantes se manifestam de diversas formas em nossa vida, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. É crucial reconhecer esses padrões para iniciar o processo de mudança. A seguir, veja alguns exemplos comuns:
Síndrome do impostor
Muitas pessoas sofrem com a síndrome do impostor, a qual as leva a acreditar que não são merecedoras de suas conquistas, atribuindo o sucesso à sorte ou a fatores externos.
Mesmo diante de evidências de capacidade, o indivíduo sente-se como uma fraude, temendo ser “descoberto” a qualquer momento. Consequentemente, isso pode gerar ansiedade e uma relutância em assumir novos desafios.
Lembranças hereditárias
Crenças transmitidas de geração em geração, muitas vezes de forma inconsciente, também nos impactam. Por exemplo, frases como “dinheiro não traz felicidade” ou “ser rico é pecado” podem se enraizar em nossa mente, limitando nossa capacidade de prosperar financeiramente.
Tais “lembranças” podem, portanto, moldar nossas perspectivas sobre diversos aspectos da vida.
Crenças sociais
O ambiente em que vivemos, a cultura e a sociedade em geral contribuem para a formação de nossas crenças. Padrões de beleza, estereótipos de gênero ou expectativas sobre o que é “certo” ou “errado” podem nos limitar.
Por exemplo, a ideia de que “mulheres não são boas em exatas” ou “homem não chora” são exemplos de crenças sociais que podem restringir o potencial individual.
Experiência pessoal negativa
Experiências traumáticas ou negativas do passado têm o poder de gerar crenças limitantes. Um fracasso em um projeto ou um relacionamento desfeito, por exemplo, pode levar à convicção de “eu não sou capaz” ou “nunca mais vou amar”.
Essas marcas do passado podem criar um bloqueio emocional que impede novas tentativas.
Atalhos
A busca por “atalhos” ou soluções fáceis demais pode ser uma crença limitante em si, pois desvaloriza o esforço e a persistência necessários para alcançar grandes objetivos.
A ideia de que “tudo precisa ser rápido e sem esforço” pode gerar frustração e desistência. Isso, de certo modo, impede o desenvolvimento da resiliência.
Como as crenças limitantes são formadas?
As crenças limitantes são construídas ao longo de nossa vida, a partir de diversas fontes. Grande parte delas se forma na infância, quando somos mais suscetíveis às influências de pais, professores, amigos e da sociedade em geral.
Experiências vividas, interpretações de eventos e mensagens recebidas do ambiente contribuem para moldar nossa visão de mundo. Por exemplo, uma criança que ouve frequentemente “você é desastrado” pode internalizar essa frase e, na vida adulta, acreditar que não possui habilidades motoras.
Além disso, o que vemos e ouvimos no dia a dia, seja na mídia, em conversas ou em interações sociais, também pode reforçar ou criar essas convicções. A forma como reagimos a falhas e desafios também desempenha um papel fundamental.
Se encararmos um erro como um atestado de incapacidade, é provável que uma crença limitante se estabeleça. Portanto, a origem dessas crenças é multifacetada e complexa.
Qual a diferença entre crença limitante e fortalecedora?
A principal diferença entre uma crença limitante e uma crença fortalecedora reside no impacto que elas têm em nossa vida. Uma crença limitante, como o próprio nome indica, restringe nosso potencial, nos impedindo de avançar.
Ela gera sentimentos de dúvida, medo e incapacidade. Em contrapartida, uma crença fortalecedora nos impulsiona, nos encoraja a superar desafios e nos faz acreditar em nossas capacidades. Ela nos dá a confiança necessária para buscar nossos sonhos.
Por exemplo, a crença “sou capaz de aprender qualquer coisa” é fortalecedora, enquanto “sou muito burro para isso” é limitante.
Como identificar suas próprias crenças autossabotadoras?
Identificar as próprias crenças autossabotadoras pode ser um desafio, uma vez que elas estão profundamente enraizadas em nosso subconsciente e muitas vezes se manifestam de forma sutil.
Contudo, existem alguns sinais e padrões de comportamento que podem indicar a presença dessas crenças. Preste atenção aos seus pensamentos recorrentes, especialmente aqueles que começam com “eu não consigo”, “eu não sou” ou “isso é impossível”.
Observe também suas reações a desafios e oportunidades. Você costuma desistir facilmente? Procrastina tarefas importantes? Evita situações em que pode ser avaliado? Esses podem ser indícios de que alguma crença limitante está agindo.
Além disso, frases comuns de autossabotagem, como “não tenho tempo”, “sempre erro” ou “não mereço isso”, são pistas valiosas. Fique atento(a) aos seus medos e inseguranças mais profundos, pois eles frequentemente se originam dessas convicções. Anote seus pensamentos e sentimentos, procurando padrões que se repetem.
Quais são as técnicas para ressignificar crenças?
Ressignificar crenças é um processo de transformação que exige autoconhecimento e persistência. Felizmente, diversas técnicas podem auxiliar nessa jornada, ajudando a substituir padrões negativos por pensamentos e convicções mais positivos e fortalecedores. Veja só!
PNL
A Programação Neurolinguística (PNL) oferece ferramentas poderosas para ressignificar crenças. Através de técnicas como a reestruturação e a visualização, a PNL ajuda a reprogramar a mente, alterando a percepção que temos sobre eventos passados e futuros.
Por exemplo, é possível revisitar uma memória negativa e ressignificá-la, tirando lições e transformando a emoção associada a ela. A PNL também trabalha com afirmações positivas e a criação de novas âncoras mentais.
Journaling
A prática do journaling, ou escrita terapêutica, é uma excelente ferramenta para identificar e ressignificar crenças. Ao escrever livremente sobre seus pensamentos, sentimentos e experiências, você consegue externalizar e visualizar o que se passa em sua mente. Isso permite identificar padrões de pensamento negativos e questioná-los.
Escrever sobre o que você deseja alcançar e sobre suas qualidades também ajuda a reforçar crenças fortalecedoras. A regularidade é a chave para o sucesso dessa técnica.
Questionamentos
Questionar suas crenças é um passo fundamental para ressignificá-las. Pergunte a si mesmo: “Essa crença é realmente verdadeira?”, “De onde ela veio?”, “Quais são as evidências que a sustentam ou a contradizem?”. Ao duvidar da validade de uma crença limitante, você abre espaço para novas perspectivas.
Considere também como seria sua vida se você não tivesse essa crença. Essa reflexão pode, assim, revelar o impacto negativo que ela tem em sua vida e motivar a mudança.
Terapia
Buscar o auxílio de um profissional da psicologia ou de um coach pode acelerar o processo de ressignificação das crenças. A terapia oferece um ambiente seguro para explorar as origens dessas convicções, lidar com traumas passados e desenvolver novas estratégias de pensamento.
O profissional pode usar diversas abordagens, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), para ajudar o indivíduo a identificar e modificar padrões de pensamento disfuncionais. Esse suporte externo é, muitas vezes, crucial para um progresso significativo.
A jornada de autoconhecimento e superação das crenças limitantes é contínua, mas extremamente recompensadora. Na Unifael, acreditamos na formação de profissionais bem-sucedidos, capazes de brilhar em qualquer área e serem aprovados em qualquer concurso.
Se você se identificou com este conteúdo e deseja aprofundar ainda mais sua jornada de desenvolvimento pessoal e profissional, aproveite para conferir outros conteúdos em nosso blog.
Perguntas frequentes (FAQ)
Quais as consequências das crenças limitantes?
As crenças limitantes têm um impacto significativo e prejudicial em diversas áreas da nossa vida. Elas afetam diretamente a autoestima, gerando insegurança e baixa autoconfiança. Isso pode nos levar a subestimar nossas capacidades e a duvidar do nosso valor.